A endometriose é uma condição inflamatória que afeta milhões de mulheres em idade reprodutiva. Estudos apontam que ela pode comprometer não apenas a saúde física, mas também o bem-estar emocional, a fertilidade e a qualidade de vida.
Neste artigo, você vai entender o que é a endometriose, como identificá-la e quais são as opções de tratamento e cuidados que ajudam no controle dos sintomas.
O que é endometriose?
A endometriose é uma doença caracterizada pelo crescimento do tecido que normalmente reveste o interior do útero, chamada endométrio fora da cavidade uterina. Essa localização pode atingir ovários, trompas, bexiga e até o intestino, provocando inflamações crônicas e, em muitos casos, de dor intensa.
Suas causas ainda não são completamente compreendidas. Entre alguns estudos mostram fatores genéticos, imunológicos e hormonais, além da chamada menstruação retrógrada quando o fluxo menstrual, ao invés de sair do corpo, retorna pelas trompas e se espalha pela pelve.
Sintomas mais comuns da endometriose

Os sintomas da endometriose podem variar de mulher para mulher, mas os mais comuns incluem:
- Cólica menstrual intensa (dismenorreia);
- Dor pélvica crônica;
- Dor durante a relação sexual (dispareunia)
- Infertilidade presente em cerca de 40% das mulheres com a doença;
- Alterações intestinais e urinárias com padrão cíclico;
- Fadiga constante.
Esses sintomas não devem ser normalizados. Se você convive com dores frequentes e debilitantes, procure uma avaliação médica.
Como a endometriose afeta a fertilidade, humor e qualidade de vida?
A endometriose vai muito além da dor física. Ela pode impactar significativamente a fertilidade, o humor e a qualidade de vida da mulher. Estima-se que cerca de 40% das mulheres com endometriose enfrentam dificuldades para engravidar, o que pode gerar frustração, medo e tristeza. Mas o impacto não para por aí: a dor crônica, as alterações hormonais e o estresse emocional associados à doença podem contribuir para quadros de ansiedade, depressão e fadiga constante.
Esses efeitos acabam se refletindo na vida sexual, nas relações interpessoais, no desempenho no trabalho e até mesmo na autoestima. Por isso, é fundamental enxergar a endometriose como uma condição que exige um olhar integral não apenas sobre os sintomas físicos, mas também sobre o bem-estar emocional e a saúde mental da mulher.
Como realizar o diagnóstico da endometriose?
O diagnóstico pode ser um desafio. Em média, leva-se cerca de sete anos entre o início dos sintomas e a confirmação da doença. O processo começa com uma avaliação clínica detalhada, seguida por exames de imagem, como ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal ou ressonância magnética da pelve com contraste.

Formas de tratamento da endometriose
O tratamento da endometriose pode começar mesmo antes da confirmação por exames, com base nos sintomas apresentados. Ele pode incluir o uso de medicamentos hormonais, analgésicos e, em alguns casos, cirurgia. A escolha da abordagem deve levar em consideração os sintomas, a extensão das lesões e os desejos da mulher como a intenção de engravidar.
Mais do que tratar os sintomas, o objetivo é melhorar a qualidade de vida e devolver à mulher o controle sobre o próprio corpo.
Como controlar os sintomas?

A alimentação tem um papel importante no controle da endometriose, por se tratar de uma doença inflamatória. Uma dieta equilibrada, rica em frutas, vegetais, ômega-3, cálcio e antioxidantes pode ajudar a reduzir os sintomas e o risco de progressão da doença.
Evitar o consumo excessivo de carne vermelha, gorduras trans, álcool, cafeína e alimentos ultraprocessados também é uma recomendação comum. Além disso, estudos apontam que a suplementação de vitaminas C e E, minerais como selênio e zinco, além de compostos bioativos como o resveratrol, pode trazer benefícios adicionais.
A prática regular de exercícios físicos também contribui para o alívio da dor, melhora o humor e reduz os níveis de inflamação no corpo.
Falar sobre endometriose é falar sobre acolhimento, informação e cuidado. Saber identificar os sintomas e buscar apoio especializado pode transformar a experiência de muitas mulheres que convivem com a doença.
Cada corpo é único, e o tratamento precisa considerar as necessidades individuais de quem vive essa realidade. A boa notícia é que há caminhos possíveis e conhecimento é o primeiro passo para trilhá-los com mais leveza e autonomia.
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Sua saúde merece atenção e cuidado todos os dias!